segunda-feira, 17 de novembro de 2008

(Re)aparecer

Não são as nuvens que estão no chão nem são as cores que se vão. É inverno, e a paisagem envelhece. As pessoas envelhecem. Os poetas envelhecem. É inverno e o medo de perdê-la me aquece. Sou anjo ou uma pena? É inverno e o medo de perdê-la me aquece. Sou um Deus ou uma prece?
Existem momentos curtos que se estendem pelo mundo. E é nesse mundo lírico que os cínicos tentam sobreviver porque eu, entre o dever de respirar e a obrigação de me esconder prefiro sumir e nunca mais (re)aparecer.

2 comentários:

Camila. disse...

De uma leveza tão grande, Pedro Grabriel... De tão encantadoras penas e amores flutuantes...!

Bárbara Lemos disse...

Eu gostaria mesmo é de sublimar.